Em um mundo cada vez mais interconectado, as remessas internacionais se tornaram um elo fundamental entre famílias, empresas e mercados. As fintechs estão remodelando essa dinâmica, criando soluções rápidas, seguras e acessíveis para enviar dinheiro além das fronteiras sem complicações.
O mercado global de remessas internacionais formais movimentou mais de US$ 831 bilhões em 2022, impulsionado pelo crescimento de 25 vezes nos últimos 30 anos. A América Latina, com US$ 146 bilhões em remessas enviadas, exemplifica essa expansão que mais do que dobrou na última década.
Nos Estados Unidos, maior canal mundial, o volume atingiu US$ 56 bilhões em 2022, refletindo o poder econômico da diáspora e dos imigrantes. Para países de baixa renda, as remessas chegam a representar mais de 30% do PIB, caso de Honduras.
Na América do Sul, Caribe e América Central, o total alcançou US$ 156 bilhões, evidenciando a dependência dessas nações em fluxos financeiros externos.
Em 2023, as remessas digitais ultrapassaram 50% da participação do mercado pela primeira vez, totalizando US$ 439 bilhões. Estima-se que esse índice chegue a 61% em 2026, somando mais de US$ 550 bilhões, com crescimento anual previsto de 8% entre 2022 e 2026.
Enquanto o volume total de remessas cresce a uma taxa conservadora de 4% ao ano desde 2014, as transferências digitais expandem-se a impressionantes 25% ao ano globalmente.
No cenário latino-americano, o ritmo é semelhante, com 23% de crescimento anual das remessas digitais, embora ainda fique sobre a média global. Alguns países, como Brasil, Colômbia e Chile, superam 50% de digitalização, enquanto México, América Central e Caribe estão em torno de 30%.
O Brasil vive uma verdadeira revolução: o mercado de remessas ao exterior cresceu quase 12% entre dezembro de 2024 e julho de 2025. Os líderes digitais já ocupam as primeiras colocações em número de transações, superando instituições tradicionais.
Entre as características marcantes dos players digitais de maior destaque, observam-se contas globais gratuitas, spreads justos, cartões em dólar e marketplaces internacionais.
Os consumidores brasileiros escolhem fintechs por razões claras, segundo pesquisa SoluCX de 2025:
Esses dados reforçam o desejo por transações rápidas e preço transparente, características que as fintechs vêm entregando com excelência.
Apesar das conquistas, o setor ainda enfrenta barreiras elevadas. O custo médio de envio de remessas foi de 6,3% em 2022, bem acima da meta de 3% estabelecida pela ONU. Uma redução para esse patamar poderia economizar US$ 20 bilhões anuais às famílias que dependem dessas transferências.
Em alguns corredores, taxas chegam a 25,2% do valor total, enquanto nos mais eficientes os custos caem para 3,4%. Na América Latina, o custo médio em 2023 ficou em 5,8%, estagnado desde 2015.
As operações SWIFT tradicionais seguem sofrendo com lentidão e processos burocráticos, criando espaço para soluções alternativas que acelerem e barateiem as transações.
Stablecoins emergem como proposta disruptiva. Criptoativos pareados ao dólar, como Tether e USD Coin, permitem integrar sistemas regionais de pagamento — por exemplo, Pix no Brasil e SEPA na Europa — em questão de minutos.
Outras fintechs brasileiras têm explorado esse caminho:
Essas iniciativas mostram como a tecnologia blockchain pode reduzir custos e aumentar a velocidade das remessas, rompendo fronteiras geográficas e financeiras.
À medida que as fintechs aprimoram suas plataformas, consumidores e empresas ganham acesso facilitado a operações internacionais. A digitalização não apenas reduz custos, mas fortalece laços globais, democratiza o acesso ao mercado financeiro e proporciona oportunidades de investimento.
Com stablecoins, APIs integradas e interfaces intuitivas, o cenário se encaminha para um ecossistema em que as fronteiras monetárias se tornam cada vez menos relevantes. A próxima década promete transformar ainda mais a forma como enviamos e recebemos dinheiro, colocando nas mãos de qualquer pessoa a possibilidade de movimentar recursos com rapidez, segurança e custo justo.
Para usuários e empresas que buscam expandir horizontes, este é o momento de explorar as fintechs inovadoras, aproveitar taxas competitivas e abraçar a conveniência de operações verdadeiramente sem fronteiras.
Referências